UDS 0-6 TFC
“Dois pés esquerdos”
A “visita” matinal ao União dos Santos promoveria alguns alterações no onze base do Técnico Futebol Clube.
O Capitão Anjo marcaria presença no banco, o que obrigaria Hans a actuar no miolo à frente da defesa. Barros subia um degrau e apareceria mais à frente de perfil com Silva. Lá atrás só Cláudio e Zédu, o Capitão neste desafio, mantinham os seus postos. Pedro e Paixão na dupla de centrais e Coelho na canhota. No trio de ataque, destaque para o regresso do nosso panzer de Viseu. Desta vez ladeado por Pinto na esquerda e Rafa na direita.
Rola a bola!
Técnico, sem qualquer surpresa, assumiria o controlo completo do jogo, e logo aos
4 minutos seria Zédu a desperdiçar a primeira clara chance de golo, depois de um desvio ao primeiro poste de Paixão na sequência de um canto batido por Silva.
Logo depois, encarando o distanciamento que agora os aproxima, Zedu trabalha bem e procura o seu amor no flanco contrário. Pinto não conclui porque o keeper intercepta bem com uma palmada.
A seguir é Barros que, de trivela, serve para Zedu, este promove Simão que ganha a linha e serve Pinto no segundo pau. Defesa saca o pão da boca novamente a Pinto.
A seca perdura!
Mas o Técnico não abrandaria, e ainda dentro do primeiro quarto de hora chegaria o golo inaugural. Rafa a concluir de canhota, e de forma exemplar, um belo cruzamento (mais um) de Barros. Dois pés esquerdos!
Na ressaca, apareceria o segundo. Canto de Silva com novo desvio ao primeiro, desta vez por Hans, e Zédu a mostrar a Pinto como colocar a bola na rede. 2-0!
A eficácia não abrandaria e 3-0 viria de seguida. Novamente uma conexão de Barros com Rafa, e novamente um passe e uma finalização de canhota. Rafa a concluir uma bola magistral de Barros.
Três golos em seis minutos!
A avalanche teria o seu breve interregno, o que promoveria as primeiras aproximações do União à nossa baliza. Primeiro num ataque pela direita em que o remate sai ao lado, e depois numa finalização de bicicleta, com categoria, mas para defesa atenta de Cláudio. Pelo meio, Hans sacava uma trivela que sairia a rasar a barra.
A regi agradece!
Na recta final do primeiro tempo assistiríamos ao quarto golo. Simão aproveita uma progressão de Silva, e remata de fora da área em força com a bola a sobrevoar o guarda redes do União.
Tempo ainda para Silva, através de novo canto, colocar de forma perfeita em Zédu que falharia de cabeça. E para
Pinto, que de direita cruza para Rafa falhar ao segundo poste a sua grande chance de carimbar um hattrick de canhotas. Certamente o primeiro da sua tenra carreira.
O intervalo e a larga vantagem, ofereciam a César a chance de operar uma autêntica revolução no onze. Craveiro, Ventura, Maxi e Reis entrariam para os lugares de Simão, Paixão, Rafa e Coelho. Reis assumiria a central, Maxi na esquerda e Ventura na ala direita.
Dez minutos volvidos, e seria a vez de Mário, Ricardo e Castro participarem na festa. Pinto, Zedu e Silva iriam para o duche. Ricardo passaria a defesa direito e Mário na ala esquerda.
Por esta altura a temática do jogo centrava-se exclusivamente nas perdidas do Ventura. Foram duas escandalosas!
No entanto, como é seu apanágio, Venturinha perceberia rapidamente que o melhor é “dar a quem sabe”.
E quem sabe disto é o Craveiro!
Canto na direita para Barros meter largo no segundo pau, e Ventura, em devolução, descobre Carveiro na six yard box para uma clássica finalização de matador: a um toque.
Mas há outro que também sabe. O Castro.
Ventura bem, na recuperação e no lançamento para Castro finalizar, na passada, de direita, no canto contrário.
Antes do término destaque para a infelicidade do dia. Cláudio sofreria uma luxação da rótula ao efetuar um simples lançamento longo a um braço. João Anjo, o tal que não estava apto para ser titular, teria aqui mais uma oportunidade para mostrar o porquê de ser um atleta de múltiplos ofícios.
Cláudio, força na recuperação.