TFC 3-2 MFC
“O que interessa é ganhar”
Após o amasso registado na jornada anterior, era necessário colocar o comboio do Técnico Futebol Clube novamente em andamento e devidamente encarrilado.
Para tal, muito contribuíam os regressos de alguns dos esteios das últimas conquistas, Campa, Honrado, Coelho e Pinto (à altura da escrita desta crónica, o pichichi cessante).
O adversário apresentava-se na disposição tática da moda: 3-5-2. Muito semelhante à do Inter Milan, com dois médios interiores e dois avançados. Estes quatro orquestravam a pressão na nossa saída de bola. E seria precisamente nesse momento que, logo aos três minutos, Campa demoraria a decidir a direção do passe, possibilitando a intercepção do avançado e consequente golo inaugural.
Pior era impossível…Momento trágico-cómico a rivalizar com o protagonizado pelo nosso cacete serrano em tempos recentes.
Para recordar!
Mas, e como já é hábito nestas andanças, o Técnico cingiu-se aos seus princípios e em cerca de 10 minutos aplicou uma remontada épica.
O Capitão Mário fazia-se ouvir, e o miolo composto por Hans, Pinto e Barros começava paulatinamente a assumir as rédeas da partida.
Com um passe fenomenal, Barros descobre Tomás na meia esquerda, e este assiste na perfeição a chegada de Simão na pequena área para a igualdade no placard.
Logo após, e na sequência de um canto conquistado na esquerda do nosso ataque, Tomás bate ao primeiro poste encontrando Hans que desvia para 2-1. Um regresso premiado com um golo e um abraço.
Momento bonito no Inatel a mostrar que mesmo a mais austera das personalidades pode, consegue, e sabe amar!
Aos 20 minutos, e já depois de ter sido ele o homem a fabricar os dois primeiros, seria Tomás a tentar a sua sorte de meia distância. Servido por Rafa, soltou um “tiro seco” que contou com a colaboração do guarda redes contrário. 3-1!
Adivinham quem voltou? O Ribeiro, respondendo assim ao repto de uma crónica recente.
Ainda antes do intervalo, lance arrepianteque resultaria nas lesões e consequentes substituições de Rafa e do Keeper do Miratense (a quem desejamos as sinceras melhoras).
César faria entrar António para a direita do ataque azul e branco. Mas a verdade é que o regresso dos balneários não seria famoso. Contra ataque bem gizado pela direita com assistência perfeita para a zona central onde surge o ponta Mirantense a concluir. 3-2.
Tal como na primeira parte, entraríamos novamente a sofrer um golo a frio.
Notava-se alguma apatia e César promovia uma tripla alteração. Craveiro, Castro e Ricardo Nunes II para os lugares de Simão, Tomás e Mário.
Apesar do sangue fresco, seria o Mirantense a estar mais perto do golo. Lance muito idêntico ao anterior, mas desta vez a finalização saiu por cima.
Respirava o Técnico!
Aos 60 minutos António e Craveiro ameaçariam à vez, e o TFC conquistaria dois cantos consecutivos. Nada resultaria daí, contrariando as expectativas dos mais atentos fantasistas.
No entanto, notava-se uma Evolução no jogo do TFC a reter a posse nos últimos 10 minutos e consequentemente a controlar melhor o desenrolar dos acontecimentos.
Após novo canto, António com um desvio de bica a ficar muito perto do quarto golo.
Aos 73’ boa combinação entre Ricardo, António e Pinto com a bola a sobrar para Coelho finalizar. A bola sobra para Pinto que atira por cima.
Faltavam cerca de 5’ e o rival era incapaz de fazer chegar o esférico a terrenos que provocassem algum tipo de ameaça.
António estava ligado ao jogo, e é por pouco que não isola Coelho na cara do Keeper. Barros, por sua vez, a bater um livre lateral para defesa atenta do GR “com o pé que estava mais a mão”.
Nova chegada, e Ricardo a cruzar na área para excelente elevação de Craveiro. Mas a sair infelizmente ao lado.
E como quem não marca sujeita-se a sofrer, seria o TFC a passar por um calafrio gigantesco no período dos descontos.
Uma jogada confusa na área do TFC que termina com um disparo à trave da portaria de Campa.
Suspirava-se na bancada…
Ainda haveria tempo para mais um livre de Barros, a encontrar Honrado “Airlines” que força uma boa defesa do Keeper. Na recarga, nova cabeçada em devolução, mas o GR estava mais uma vez atento.
No último lance do jogo, destaque para a uma derradeira chance para as cores contrárias. Livre frontal, que ditaria a expulsão de Barros por segundo amarelo, mas que seria convertido contra a barreira rígida, máscula, viril e intransponível do TFC, que não mexeu um milímetro.
Três pontos fundamentais na caminhada do Técnico. Temos campeonato!