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Tudo por decidir

Mês de tripla: ISCSP, Direito e Nova. Depois de um mês de janeiro parado em termos de almoços pré-jogo, nervosinho miudinho e uso do manto sagrado, seguem-se 3 jogos que poderiam ditar o futuro desta equipa. 3 jogos, todos valem os mesmos pontos, mas de dificuldades muito dispares – de um lado os últimos 2 classificados do campeonato, do outro o 1º classificado. No ISCSP a maior dificuldade foi dividida entre perceber se eles apareciam ao jogo ou se seria possível pronunciar o seu nome sem mandar perdigotos. Em Direito existiram 2 grandes dificuldades: se as pessoas acharam minimamente engraçado perceber como os 2 estrangeiros da equipa – o espanhol Pablo e o madeirense China – comunicam, foram às lágrimas quando perceberam que o MVP tinha sido o Mendes. Na Nova as dificuldades já eram bastante mais sérias – para além de ser a maior rivalidade de Lisboa há já vários anos, a Nova chegava pela 1ª vez a este jogo como campeã nacional. Mês também marcado pelas saídas da equipa de Henrique e Jordão – num mês marcado pela dupla expulsão portista contra o Gil e pela dupla expulsão benfiquista contra o Braga, eis que Pedro Castro não deixa as modas passarem por si e mostra o cartão vermelho a mais dois elementos. Mas também se compreende… Tudo bem que Atsu era ídolo de todos, mas não era preciso ambos terem seguido o seu exemplo de nunca aparecer.

15 de dezembro, a data do último jogo. Depois de 1 mês e meio em que os rapazes de azul se restringiram ao treino, sentia-se o cheiro, a fome de bola desta equipa. Quinta-feira, campo 5, técnico vs ISCSP. Pareciam estar as condições perfeitas para a prática do desporto rei… Se normalmente se diz que futebol é 11 para 11, e 90min em que tudo pode acontecer, o ISCSP decide contrariar as leis do jogo. Depois do fracasso nas últimas eleições, Chicão larga a presidência do CDS e com certeza assume o comando técnico do ISCSP. E volta a falhar – se no CDS não teve votos suficientes para ir para a assembleia, no universitário não teve jogadores suficientes para ir a jogo. Em mês de carnaval, aparecem apenas 9 bonecos do ISCSP, que depois de encaixarem 9 bolas nos primeiros 45min, decidem desistir ao intervalo pondo ao de cima o pior lado de algumas equipas presentes neste campeonato. No mês em que se comemorou 1 ano de guerra, claramente a equipa mostrou-se mais preparada que a Rússia para bater a resistência adversária.  Apenas 45min de tudo o que o futebol não é (ou não deveria ser), resta deixar a lista dos marcadores: Vilela distrai-se a contar os pares de sapatos de Cristina Ferreira e marca 4, Ra bisa e Trindade, Reis e Amado marcaram um tento cada. No já habitual elogio mensal ao Vilela, aqui vai: se o CR7 é considerado o rei das arábias, o Vilela será com certeza o rei dos golos.

Depois dos 9 aplicados na semana anterior, a equipa aplica mais 9 aos rapazes que daqui a 30 anos iram continuar o trabalho inglório de tentar condenar o Sócrates sem que este recorra. Ou mais difícil ainda, os homens que conseguiram encontrar uma ligação entre o condenado Paulo Gonçalves, e o inocentado clube ao qual pertencia à direção. Ou então…. Esqueçam, já ninguém acha graça se meter o Pinto da Costa nesta conversa – menos o André Geraldes, esse é capaz de soltar um sorriso. Mas sigamos com football em vez de cashball… Reis, China, Ra, Tó, Viegas, Vilela, Mendes e Pablo 2x leem a sentença que condena o último classificado a largar o futebol e dedicar-se ao código penal. Num mês em que se achava que a maior surpresa estava reservada para a qualificação da seleção feminina para o mundial, eis que João Mendes vira o jogo e vence o prémio MVP.

Último dia do mês é marcado pelo duelo entre as 2 faculdades com maior tradição no futebol universitário – Nova e IST. Não há como esconder que é um jogo diferente de todos os outros – mais nervos, mais concentração e mais vontade de ganhar. Infelizmente, o instituto sofre uma injusta derrota por 2 bolas a uma – mesmo igualando o número de golos marcado pelo Chelsea este mês (1), a equipa não consegue bater o seu eterno rival. No mês do Carnaval, o árbitro optou por um disfarce entre o já famoso palhaço e o já vesgo Pizzi. Numa arbitragem marcada pela reação ao grito e pelo cartão amarelo exagerado, os golos da nova surgem de um livre inicialmente não assinalado e um penalty no mínimo duvidoso. Mas falemos de bola…. Primeira parte de sentido único, o IST vê penalizado os muitos golos falhados com 2 golos sofridos nas únicas 2 vezes que a Nova passa de meio-campo. Segunda parte mais equilibrada, marcada pelas constantes paragens tanto pela parte dos jogadores da Nova, como pelo constante uso do apito por parte do árbitro. Mas árbitros e adversários à parte, o instituto complica a passagem à final 4, estando agora tudo dependente de uma vitória na última partida diante o ISEG. Mas a realidade é que temos a nossa cota parte de culpa – únicos 5 golos sofridos da época resultam em 3 derrotas e difícil não reparar que 4 deles foram de bola parada… A única coisa que treme mais que a nossa defesa em bolas paradas, só mesmo os prédios na Turquia!

Agora vem março. Mês de decisões, mês de finais. Dia 8 há ISEG – última jornada da fase regular, uma vitória dá acesso à final 4, qualquer outro resultado dita o final prematuro da época. Claro que há fantasmas do ano passado, mas esta família luta até à última gota de suor. Vamos por mais, porque ainda há muita coisa bonita para conquistar esta época – e a melhor notícia é que só dependemos de nós!

Um abraço à família Les Bleus,

Pedro Ventura