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Está no nosso AD(N)!

O campeão voltou.

A crónica deste mês poderia ser só isto, mas como qualquer bom livro, melhor que os prefácios do Rodrigo Guedes de Carvalho só a história em si. Chegou o mês de março, o mês das decisões, o mês de coroar o campeão universitário de Lisboa. E claro que no mês da Páscoa, o Instituto teve de tirar um coelho da cartola!

Para me inspirar a escrever esta crónica decidi ler o texto escrito em março transato e apesar de tudo o que está lá fazer ainda mais sentido passados 12 meses, quão mais fácil irá ser escrever esta crónica? Quase tudo se manteve – o sentimento de família, a união TFC e universitários, a água na boca deixada para os CNU que se avizinham, etc. Apenas uma coisa mudou – o campeão voltou! A geração de 2024 junta-se às de 2003, 2008, 2014, 2015, 2016, 2018 e 2019 como vencedores do campeonato universitário de Lisboa. E quão já merecíamos isto 5 anos depois do último título? E quão já merecíamos isto depois do Covid? E quão já merecíamos isto depois da final de Lisboa perdida em 2023 nos descontos? E quão já merecíamos isto depois das finais nacionais perdidas em 2021 e 2023? Respondo eu que estou cá há 5 épocas: merecíamos mais que tudo, mais que todos!

Mas falemos de toda a final-4! Para quem pensava que 10 de março era o dia mais importante do mês, daí aparece dia 14 – não se decidia o futuro na nação, mas o futuro da época. No talvez jogo mais importante da temporada, as meias-finais da final-4 não só decidiam quem iria lutar pelo título de Lisboa como quem irá disputar os nacionais em Aveiro. Seguindo a tendência eleitoral, o algarvio (Pedro) Ventura faz jus à sua terra natal cavalgando com subidas constantes pela extrema-direita do Instituto. E se no campo político todos se envergonham por esta subida abruta, no campo 4 todos aplaudiram as constantes jogadas pelo flanco direito.  Ao contrário da casa real britânica, o Técnico transpira saúde e aplica chapa 4 no duelo das engenharias. Num duelo entre IST e FCT, os rapazes da margem norte do Tejo vencem com golos de Teves, Amado, Bettencourt e Reis. Apesar de no campo político não dar em nada, a extrema-esquerda azul e branca continua a dar cartas por Teves como melhor marcador de Lisboa. Realçar o respeito da princesa de Gales ao Rei(s), equiparando a autenticidade do seu Photoshop ao equilíbrio do jogo – nenhum.

E finalmente chagávamos ao dia da grande final contra um ISEG a viver o seu sonho depois de se apurar milagrosamente para a final-4, eliminar a tricampeã SBE (que tal como a PSD ganhou as fase regular sondagens, mas ficou abaixo das espectativas no jogo a doer) nas meias-finais e se apurar pela 1ª vez para os nacionais de futebol universitário. Numa 1ª parte amorfa da nossa equipa, presa à teia montada pelo adversário, o jogo chega ao intervalo com um nulo justo apesar das oportunidades tenderem inevitavelmente para os de azul. E se a extrema-direita rebentou nestas eleições, o ISEG rebentou na 2ª parte. Segundo tempo de sentido único leva a várias oportunidades falhadas para os de azul e vários súplicos pelo apito final pelos de vermelho – os 90 minutos terminam como a relevância do PAN, uma nulidade.

Em seguida ocorreu o momento caricato da noite…. Se o Chega não consegue dissuadir a AD, a ADESL conseguiu mudar as ideias ao árbitro. Mais sem rumo que o PCP e mais instável que a eleição para presidente da Assembleia da Républica, o juiz da partida decide mandar o jogo para penalties ignorando os regulamentos do campeonato. Para tristeza do ISEG alguém da organização apercebeu-se a tempo de mandar o jogo para prolongamento. Numa queda abrupta, o povo Instituto dá um puxão de orelhas ao PS ISEG. Um Técnico fresco fisicamente contra um ISEG que não fez o TPC, levou a uns esclarecedores 4-0 no tempo extra. Do banco saltou fresquinho o MVP Danny para os 2 golos inaugurais – um remate em arco ao poste contrário e um canto direto coroaram a noite do norueguês. Ao contrário do ADN, provou dentro das 4 linhas que ninguém votou nele (para MVP) por engano – tal como o CDS, “Danny is back”. Para fechar, Jardim fez um protesto político e jogou LIVRE pela esquerda, chegando aos 8 golos na temporada com um remate cruzado ao poste contrário e um envolvimento pela ala esquerda.

Não poderia acabar esta crónica sem falar do momento de união vivido nas bancadas. Ano após ano a Mortágua reclama vitória numas eleições abaixo das expectativas e ano após ano a comunidade Técnico Futebol Clube une-se em torno dos seus mais novos. Universitários, séniores, veteranos, familiares, amigos e namoradas todos juntos a criar uma das molduras humanas mais bonitas já vistas em espaços universitários. A maior prova disso foi a dificuldade de comunicação, a fazer lembrar Rui Rocha e Carla Castro, entre os que estavam lá dentro. Para os mais velhos foi um orgulho de se ver, para os mais novos foi mais uma demonstração da família TFC. Dia 21 de Março de 2024 será recordado em cafés e restaurantes daqui a 10/15 anos. Dentro e fora de campo ficará marcado como mais um dia bonito na história desta comunidade!

E agora vem o mês mais aguardado da época, mês de nacionais! Para quem já os jogou sabe que se aproxima a mais bela semana do ano. Para quem vai pela primeira vez, há toda uma ilusão criada pelas histórias contadas pelos repetentes. Mas antes disso há 3 semanas para subir ainda mais os índices físicos, ajustar o que há para ajustar e só depois arrancar em direção a Aveiro. Resta-nos trabalhar para alimentar o sonho de levantar o caneco!

Técnico Futebol Clube, Campeão Universitário de Lisboa! 🏆

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Um abraço à família Les Bleus,

Pedro Ventura